Preso por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, o delegado da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) Rivaldo Barbosa (foto em destaque) está detido na Penitenciária Federal de Brasília (DF) desde março, quando foi preso pela Polícia Federal (PF). Os investigadores também prenderam os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão. Ambos estão na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).
A coluna Na Mira apurou que, dos presos, Rivaldo foi o que reagiu melhor ao encarceramento. Ele ainda está totalmente isolado dos demais detentos e toma banho de sol na própria cela. O procedimento é de praxe no Sistema Penitenciário Federal (SPF) e faz parte do período de inclusão do detento, com duração de 20 dias. O policial está visivelmente triste, mas tem suportado “bem” a nova rotina.
Assim como os demais presos do complexo de segurança máxima, Barbosa tem direito a seis alimentações por dia: desjejum, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. O cardápio é variado e atende a critérios nutricionais. Ele também pode escrever cartas para família, além de ler livros e revistas previamente selecionados.
Goiana detalhou que vai fazer a viagem que foi interrompida com prisão. A bagagem das mulheres foi trocada no aeroporto do Brasil
Caso Marielle
A vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. O crime, no entanto, permaneceu sem desfecho por quase 6 anos. Esse cenário, porém, começou a mudar após a Polícia Federal (PF) prender os supostos mandantes em 24 de março deste ano.
Detido no Rio de Janeiro, o trio passou por audiência de custódia e depois foi encaminhado para a capital da República, a fim de cumprir os mandados de prisão na Penitenciária Federal de Brasília.
Domingos Inácio Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), mas foi afastado do cargo após ser preso, em 2017, na Operação Quinto do Ouro. Ele é acusado de receber propina de empresários.
O conselheiro começou na vida política em 1993, quando atuou como assessor na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele foi vereador da capital fluminense de 1997 a 1999 e deputado estadual de 1999 a 2015.
Ele passou por diferentes partidos, como PL, PT do B e MDB.
Domingos Inácio Brazão
Chiquinho Brazão
João Francisco Inácio Brazão é deputado federal pelo União Brasil. No entanto, no mesmo dia da prisão, a sigla decidiu pela expulsão dele.
Antes de chegar a Brasília, Chiquinho Brazão foi eleito vereador do Rio em 2004, 2008, 2012 e 2016. No seu último mandato, ele teria tido desavenças com Marielle Franco em decorrência de um projeto para regularizar áreas ilegais em territórios dominados pela milícia.
João Francisco Inácio Brazão
Rivaldo Barbosa
Rivaldo Barbosa de Araújo Junior assumiu a Polícia Civil do Rio de Janeiro em 13 de março de 2018, um dia antes da morte de Marielle. Segundo inquérito da PF, ele seria o responsável por garantir que os mandantes do crime não fossem revelados.
Durante sua carreira na esfera pública, Rivaldo foi titular da Subsecretaria de Inteligência da Segurança, no governo do ex-governador Sérgio Cabral. Logo depois, comandou a Delegacia de Homicídios da Capital e a Divisão de Homicídio.
Atualmente, estava à frente da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais.