Pesquisadores do Duke-NUS Medical School, em Cingapura, descobriram seis anticorpos capazes de agir contra as variantes do coronavírus. A descoberta, publicada na última quinta-feira (27/8), na revista Science Advances, pode representar a prevenção de futuros surtos de Covid-19.
Os seis anticorpos monoclonais foram encontrados no sistema imunológico de pessoas curadas da Sars original durante o primeiro surto da doença – entre 2002 e 2003 – e que também receberam a vacina de mRNA da Pfizer contra o coronavírus.
De acordo com os pesquisadores, a combinação da imunidade natural com as defesas induzidas pela vacina contra a Covid gerou uma proteção mais potente contra os vírus da família Sars, podendo neutralizar também vários coronavírus, incluindo as variantes Alpha, Beta, Gamma, Delta e Ômicron do Sars-CoV-2.
“Este trabalho fornece evidências encorajadoras de que as vacinas pan-coronavírus são possíveis se puderem ‘educar’ o sistema imunológico humano da maneira certa”, afirma o professor Wang Linfa, principal autor do estudo.
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19
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***Vacinação de crianças contra Covid-19
A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem Rafaela Felicciano/Metrópoles
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***Vacinação contra gripe Influenza
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente Tomaz Silva/Agência Brasil
***DF começa a imunizar jovens de 12 anos e reforça vacina de idosos de 80 anos
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada Hugo Barreto/Metrópoles
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***vacina adulto
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova Westend61/GettyImages
***Vacina contra covid _ Coronavac _ butantan
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer
Arthur Menescal/Especial Metrópoles
***Aldeia Ticuna _ indigenas sao vacinados contra covid-19 na amazonia
As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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***Com baixa procura, vacinação contra H1N1 em Goiânia foca em i
Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19 Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Um desses anticorpos, denominado E7, foi considerado o mais poderoso: ele conseguiu neutralizar o Sars-CoV e o Sars-CoV-2 e as subvariantes mais recentes, como a Ômicron XBB.1.16.
“A potência neutralizadora e a amplitude do anticorpo E7 excederam qualquer outro anticorpo contra o coronavírus relacionado à Sars que encontramos”, destacou o pesquisador Chia Wan Ni.
Em uma nova etapa do estudo, os pesquisadores querem avaliar o potencial do anticorpo como agente profilático e terapêutico contra os coronavírus existentes e futuros.
O estudo liderado por pesquisadores da Duke-NUS Medical School contou também com o apoio de cientistas da National University of Singapore, da University of Melbourne, na Austrália, e do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos Estados Unidos.
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