A jornalista Marlene Gomes de Sousa, 63 anos, está internada no Hospital de Base e se recupera de um atropelamento, ocorrido na quadra 204 da Asa Sul. Ela passou por cirurgia, que durou quatro horas e trinta minutos, e está em coma, desde o dia do acidente, em 2 de agosto. Apesar da gravidade, ela está sem sedação, de acordo com amigos próximos, que aguardam pela recuperação.
O relatório do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) indicou que a vítima estava agitada no momento do acidente e se queixando de dor intensa na cabeça. No trajeto ao hospital, ela teria vomitado e perdido a consciência.
jornalista Marlene Gomes4
Marlene foi atropelada perto de casa Imagem cedida ao Metrópoles
jornalista Marlene Gomes2
Jornalista Marlene estava andando na comercial da 204 Sul quando foi atropelada por um veículo Imagem cedida ao Metrópoles
jornalista Marlene Gomes3
Jornalista de coberturas locais, Marlene passou por 4h30 de cirurgia Imagem cedida ao Metrópoles
jornalista Marlene Gomes
Jornalista Marlene Gomes está internada Imagem cedida ao Metrópoles
0
Na unidade hospitalar, Marlene precisou fazer uma cirurgia no lado esquerdo da cabeça porque estaria com coágulos. Na sexta-feira (11/8), a sedação foi removida e a jornalista passou por uma traqueostomia – procedimento cirúrgico para abrir a traqueia e levar ar diretamente aos pulmões.
“O hospital não pode fazer mais nada, agora a Marlene tem que responder aos estímulos que são feitos a ela. Então o médico diz que podem ser semanas, meses, só o tempo agora”, disse uma amiga da família, que preferiu não se identificar.
Acidente
Marlene tinha ido à academia, no Parque da Cidade, como de costume às 8h. Ao retornar para casa, na 204 Sul, teria estacionado o carro na comercial da 203 e ido a um dos comércios. Nesse momento, ela foi atingida por um um Nissan Livina.
Amigos contaram que ela estava andando atrás dos carros, quando o carro saiu do estacionamento e atingiu a jornalista em cheio. Segundo a Polícia Civil, a vítima foi atropelada quando tentava atravessar a pista. “Não havendo registro de que o veículo estivesse em marcha ré, conforme relatos da condutora e testemunha”, destaca nota da Polícia Civil.
Parentes também criticam o fato de não ter havido perícia no local, o que dificulta saber com exatidão o que aconteceu. “O local do fato não foi periciado, pois havia sido violado, ou seja, o veículo atropelador tinha sido retirado da via, mas a condutora ali permanecia aguardando o curso do procedimento”, informou a PCDF.
Na falta da perícia no momento do acidente, o veículo foi submetido a exame pericial no pátio da 1ª Delegacia de Polícia no dia seguinte. De acordo com a polícia, o laudo não ficou pronto. Uma mulher se identificou como a condutora do veículo. Ela passou no teste de alcoolemia e ficou constatado que ela não havia ingerido bebida alcoólica.
Na torcida pela recuperação
Amigas há 30 anos, a jornalista Teresa Melo destacou que Marlene é uma pessoa forte e saudável. “Nesse tempo todo que a conheço ela frequenta academia diariamente, espero que ajude nessa recuperação”, conta.
“Ela é uma pessoa adorável, muito amiga, engraçadíssima, a melhor companhia para um cinema”, emendou Teresa. As duas tinham o hábito de assistir a filmes a cada três semanas.
Também amigo, o jornalista Walberto Maciel também tem acompanhado os familiares em visitas ao hospital para acompanhar o estado. “Ela está reagindo e tem chance de melhorar”, explica.
Para Walberto é injustificável a falta de perícia no local. “Um acidente como esse pode acontecer em todas as quadras do Distrito Federal. O complicado é não saber o que aconteceu porque o local não foi periciado”, indigna-se.
“Fomos atrás de câmeras e de pessoas no local, que indicaram ser um homem de 59 anos conduzindo o veículo no momento do acidente. Teve um comerciante que até deu água para ele, mas uma mulher que se apresentou”, destaca outra amiga da família, que preferiu não se manifestar.
Sobre Marlene
Como jornalista, Marlene Gomes já cobriu política local, assuntos do Distrito Federal e esportes. Saiu da casa onde morava na Asa Norte para viver com a casa da mãe, de 84 anos, na Asa Sul. O objetivo era cuidar da figura materna que tem apresentado pequenos casos de demência.
Marlene faz trabalho voluntário no projeto Colos, que dá suporte a crianças encaminhadas pela Justiça em abrigos de acolhimento por se encontrarem em situação de risco social.