A Novo Nordisk informou, nesta sexta-feira (24/1), que um medicamento experimental para perda de peso, a amicretina, ajudou pacientes com sobrepeso ou obesidade a perderem até 22% do peso corporal em apenas 36 semanas, cerca de nove meses. A farmacêutica dinamarquesa é a mesma do Ozempic e Wegovy.
Os resultados vieram de um ensaio clínico inicial que avaliou a versão injetável semanal do fármaco. O estudo incluiu 125 participantes com sobrepeso ou obesidade, divididos em grupos para receberem uma das três doses diferentes da amicretina ou um placebo.
Os dados mostraram que, enquanto o grupo placebo teve uma redução de peso de até 2%, os pacientes tratados com a dose mais alta do medicamento perderam em média 22% do peso inicial.
“Os resultados vistos no teste apoiam o potencial de redução de peso deste novo agonista unimolecular do receptor de GLP-1 e amilina, a amicretina”, disse Martin Lange , vice-presidente executivo de Desenvolvimento da Novo Nordisk em comunicado.
Como a amicretina funciona?
Assim como o Wegovy — amplamente utilizado no tratamento da obesidade —, a amicretina imita o GLP-1, hormônio intestinal que promove saciedade e regula o apetite.
Mas o novo medicamento se diferencia pela capacidade de simular outro hormônio pancreático, a amilina, que suprime ainda mais a fome. A Novo Nordisk acredita que o mecanismo duplo torne a amicretina uma promissora evolução no combate à obesidade.
A versão oral do remédio foi testada anteriormente e mostrou resultados positivos, levando à perda de peso de 13,1% após 12 semanas. Agora, a versão subcutânea é estudada para oferecer uma alternativa mais eficaz aos pacientes.
Segurança e efeitos colaterais
Durante os testes clínicos, os eventos adversos mais frequentes foram de natureza gastrointestinal, como náusea e diarreia, mas a maioria dos casos foi considerada de gravidade leve a moderada. Segundo os pesquisadores, o perfil de segurança da amicretina é consistente com outras terapias baseadas em incretinas, como o Wegovy e o Ozempic.
“Estamos muito encorajados pelos resultados e seguimos focados em desenvolver tratamentos eficazes e convenientes para as pessoas que vivem com sobrepeso ou obesidade”, concluiu Martin Lange.
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