Pelo menos cinco policiais militares cometeram suicídio entre 1º de janeiro e 1º abril de 2024 no Distrito Federal. Mesmo com o assustador histórico, PMs aguardam até quatro meses para conseguir marcar uma consulta com psiquiatra. Novos agendamentos com especialista da área, por exemplo, só estão disponíveis para agosto.
Veja:
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PMs e suas famílias não conseguem marcar consultas com psiquiatras Material cedido ao Metrópoles
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Novas consultas só estariam disponíveis a partir de agosto Material cedido ao Metrópoles
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O Metrópoles teve acesso à solicitação de consulta pelo plano de saúde da Polícia Militar do DF (PMDF). A recepcionista da clínica conveniada foi direta: “Senhor, temos horários disponíveis somente para a primeira semana de agosto”.
Ainda em janeiro, outro militar cometeu suicídio. Em março, três policiais tiraram a própria vida. O último episódio ocorreu em Luziânia, no Entorno do DF. Mesmo diante desse quadro, segundo pesquisa no quadro de pessoal, a PM continua contando com apenas um psiquiatra. A corporação dispõe de 11 clínicas conveniadas.
Veja a lista de clínicas:
RM Clínica de Reabilitação
AME Assistência Mental
Psicovittae
Bem Estar Clínica de Psicologia
Centro Clínico Salutá
Centro de Atendimento Psicológico de Brasília (CAPB)
A Caserna representa cerca de 3 mil policiais militares do DF. No entendimento do presidente da associação, Carlos Victor Fernandes Vitório, a situação é preocupante.
“O compromisso com o bem-estar dos policiais deve ser real, não apenas em palavras. É hora de agir com seriedade e garantir condições dignas de trabalho e atendimento imediato para nossa tropa, evitando, assim, que vidas se percam por causa de tão grave omissão”, alertou.
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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto
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Outro lado
O Metrópoles entrou em contato com a PMDF para ouvir o que a corporação tem a dizer sobre o caso, mas não recebeu resposta até a última atualização deste texto. O espaço segue aberto para manifestação.
Busque ajuda
O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos ou tentativas de suicídio que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social, porque esse é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para o ato não ser estimulado. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.
Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar por meio do número 188. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo, voluntária e gratuitamente, todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por meio de telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.
Samu
O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos psicológicos. E atua tanto de forma presencial, em ambulância, como a distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.
Na rede pública da saúde, a assistência psicológica pode ser encontrada nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), em hospitais e nas unidades básicas de Saúde.
O UniCeub também oferece atendimento. Pela taxa de R$ 40, crianças, a partir de 4 anos, adolescentes, adultos, casais e famílias podem ser atendidos. As consultas acontecem no Edifício União, localizado no Setor Comercial Sul. Após a avaliação psicológica do paciente, as consultas são agendadas uma vez por semana, com o apoio dos alunos do curso de psicologia. Os interessados podem agendar o atendimento por telefone (61) 3966-1626, ou presencialmente, no Edifício União.