Professores da Universidade de Brasília (UnB) entraram em greve nesta segunda-feira (15/4). A paralisação foi aprovada em assembleia-geral realizada na semana passada.
Convocada pela Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), a assembleia ocorreu na sede do sindicato e teve como pauta central a discussão da campanha salarial 2024.
A greve foi aprovada por 257 votos contra 213. Cerca de 600 pessoas participaram da discussão do tema – entre sindicalizados, não sindicalizados e convidados.
Não há previsão para o fim da paralisação. No período, não haverá aulas, e apenas os serviços essenciais serão mantidos.
Técnicos de braços cruzados
Desde março deste ano, os servidores técnicos-administrativos da UnB também estão em greve. A categoria aderiu ao movimento nacional em defesa da reestruturação da carreira e da recomposição salarial.
Além de reajuste salarial – que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria –, os servidores pedem:
Reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes;
Revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”;
Recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e das bolsas dos estudantes.
Os profissionais também são contra o ponto eletrônico e pedem fim da lista tríplice nas eleições para a reitoria.
O que diz a UnB
Segundo a administração da UnB, entre os serviços essenciais definidos em comum acordo entre a Reitoria e o comando de greve, serão mantidos:
Pagamento (incluindo folha de pagamento, bolsas, benefícios e auxílios, e repasses às empresas prestadoras de serviços, dentre outros inadiáveis);
Segurança patrimonial;
Laboratórios de pesquisa que tratem de alimentação e bem-estar de animais, plantas e culturas, e manutenção de criogenia;
Arrecadação de receita da universidade;
Continuidade dos programas de assistência estudantil e demais processos seletivos iniciados antes do início da greve, incluindo a conclusão do registro de novos alunos de pós-graduação;
Atendimentos psicológicos críticos em acompanhamento no Caep e Dasu;
Comissão de PGD;
Manutenção elétrica, hidráulica e estrutural de caráter emergencial; e suporte aos alunos com deficiência.
“A UnB reitera seu compromisso com a educação pública de qualidade e tem a expectativa de que as negociações entre o governo federal e as categorias em greve sejam bem-sucedidas, no menor tempo possível”, informou a universidade.