Em meio à epidemia de dengue que vivemos, é essencial manter a casa livre de mosquitos. A prevenção ao Aedes aegypti é uma estratégia de defesa: a principal proteção é evitar a água parada para que ela não se torne um criadouro. Mas um dos poucos métodos de ataque direto disponíveis é a raquete que eletrocuta os insetos.
Embora algumas pessoas adotem o uso da raquete mata-mosquitos, especialistas apontam que ela oferece apenas uma proteção adicional e de efeitos limitados para quem quer se proteger da dengue. Seu uso deve ser complementar a outras estratégias mais eficazes e que não dependam de uma vigilância constante e impossível de manter a longo prazo.
“Devemos interferir no ciclo de vida do mosquito, já que atacar as larvas e impedir que elas nasçam às centenas é muito mais eficiente que correr atrás dos mosquitos individualmente”, explica o infectologista Leonardo Weissmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, professor da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles — ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes Bloomberg Creative Photos/ Getty Images
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos Guido Mieth/ Getty Images
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte Peter Bannan/ Getty Images
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão Image Source/ Getty Images
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada Getty Images
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas Guido Mieth/ Getty Images
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images
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A raquete funciona?
A raquete que queima mosquitos funciona quando o usuário aperta um botão que ativa sua corrente elétrica. Embora seja uma voltagem inofensiva para humanos, ela é capaz de matar insetos, mas apenas se conseguirmos acertá-los. Como ela depende de uma participação ativa do usuário, é uma estratégia menos eficiente que repelentes de tomada e inseticidas, que funcionam constantemente.
Uma alternativa de maior eficiência são as armadilhas elétricas, em que se usa algo para atrair os mosquitos e então eletrocutá-los. Em geral, o Aedes aegypti se atrai pelo cheiro do dióxido de carbono, temperaturas semelhantes à do corpo humano e cheiro de suor.
Mas mesmo essas armadilhas são capazes de eliminar poucos mosquitos em relação à grande dispersão dos insetos.
Weissmann aconselha o uso de repelentes individuais, mosqueteiros nas janelas da casa e, principalmente, impedir que o A. aegypti se reproduza em casa, eliminando depósitos de água parada que podem receber seus ovos.
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